A primeira condição é a dimensão
espiritual desenvolvida do ser humano.
Somente pessoas vivas em seu espírito
são capazes de receber a radiação do amor do Criador, de serem afetadas
por ela e de assim também poderem oferecê-la a seu parceiro.
Neste
caso, o amor espiritual e emocional controla a direção do
instinto sexual.
A condução espiritual destes seres humanos proporciona
o encontro de seu parceiro ideal, no tempo certo. As pessoas que não
desenvolveram sua dimensão espiritual são incapazes de amar verdadeiramente.
A segunda condição
do verdadeiro amor é a igualdade. A igualdade não se trata
somente de um estado legal.
Para entendê-la, precisamos, primeiramente,
perceber que o espírito feminino é diferente do masculino. Os homens
são caracterizados por sua energia criativa ativa – por sua atividade,
tenacidade, firmeza, racionalismo, e estão melhores instrumentados para
a vida material.
Por outro lado, as mulheres são caracterizadas por sua
energia criativa passiva, pela capacidade de receptividade, intuição,
adaptação, sensibilidade, e estão melhores aparelhadas para perceber
o mundo espiritual.
Os homens possuem uma predisposição maior para ter uma
visão racional do mundo enquanto as mulheres enxergam o mundo mais
emocionalmente.
Suas conexões mentais interiores enriquece ambos, permitindo
uma visão mais coerente do mundo e complementando um ao outro. Estar
ciente das qualidades do sexo oposto é fundamental para a construção
do amor.
O que amamos na outra pessoa são as características de sua
personalidade que tremulam sob a vontade de Deus, e as quais não
possuímos. Então, na verdade, mesmo ao amar nosso parceiro, estamos amando
a Deus, a fonte de toda bondade.
A terceira
condição para o amor verdadeiro é a humildade – a percepção
da própria imperfeição. A partir do amor ao parceiro, tenta-se,
primeiramente, esconder os próprios traços ruins e assim eliminá-los. Este
esforço é a concreta manifestação do amor; é o maior dom,
pois exige o esforço máximo.
Ninguém quer mudar a si mesmo! Somente
a magia do amor é o gatilho que transforma a característica
própria com a intenção de trazer alegria à pessoa amada. Assim,
o amor é o maior estímulo para o crescimento espiritual.
A quarta condição
para o verdadeiro amor é a completa transparência
e sinceridade. É necessário que se conte tudo ao parceiro;
é a única forma de tornar parte um do outro!
Aqueles que não
conseguem isso não são merecedores do amor verdadeiro. Os sexólogos, ao
contrário, ensinam aos parceiros sobre os assim chamados jogos conjugais, cuja
essência é a simulação do comportamento. Os parceiros têm que atuar
como atores e não levam nada muito a sério; jogam o jogo da vida
na vida real.
Assim, os chamados
casamentos persistem; pois de outra forma seriam denominados polígamos (tendo
mais que um parceiro).
Mas aqueles que dizem tais coisas nunca experimentaram
o estado do verdadeiro amor. O amor é perfeitamente monogâmico!
Quando um homem e uma mulher estão internamente conectados, ambos ficam
automaticamente “castrados” e fechados para outros. Isto significa que não
conseguem ver outros como objetos sexuais.
Devido ao fato de as relações
verdadeiras haverem virtualmente desaparecido, o desejo pelo sexo oposto
surge em nosso subconsciente; e todos, solteiros e casados, são
constantemente atraídos eroticamente pelo sexo oposto. Seu subconsciente está
continuamente procurando pelo amor verdadeiro, não sendo capaz de encontrá-lo.
A quinta condição
para o amor verdadeiro é a completa desconsideração de posses
materiais,
e de relações social e familiar no relacionamento. Ai daqueles que
tentam impedir o amor verdadeiro por tais motivos. O que Deus uniu,
que nenhum ser humano separe! O amor é a negação da influência
do mal; portanto, por meio dos adversários do amor verdadeiro, o mal
atribui tal importância aos motivos legais e racionais.
A sexta condição
para o amor verdadeiro é estar preparado para ele e orar por
ele. Para aqueles que batem, a porta será aberta.
Entretanto, devem ser
merecedores do amor verdadeiro e estarem preparados para ele. De acordo
com a lei da uniformidade, o homem preparado encontra a mulher
preparada e o homem despreparado encontra a mulher despreparada.
No último caso, há somente uma solução: os esforços mútuos em direção ao
aperfeiçoamento; afinal de contas, foi para tal fim que se encontraram. Assim,
podem ambos se transformar em pessoas melhores.
O amor verdadeiro
entre um homem e uma mulher é o doar recíproco – a doação
incondicional e sem exigência de reconhecimento, pois esta
é a natureza do mundo.
Aqueles que param de doar, perdem
a capacidade de amar. Portanto, caem no egoísmo, na solidão e no
desespero. Não são punidos; punem-se a si mesmos pelo desrespeito
à ordem espiritual da Criação.