segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Barriga – além da estética

Não pense que perder a barriga é apenas uma questão estética. De acordo com o endocrinologista do Hospital e Maternidade São Luiz, de São Paulo (SP), Alex Leite, o risco de complicações para o paciente obeso depende mais do tipo de obesidade em questão do que propriamente do montante de peso.

“Pacientes com maior acúmulo de gordura na região abdominal e com pouca gordura localizada nos membros superiores e inferiores apresentam a chamada obesidade central, ou seja, acúmulo de gordura intra-abdominal. 

Esse tipo de obesidade é a mais grave, mais comum nos homens, e está associada a um maior risco de síndrome metabólica, aterosclerose, diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemia e doenças cérebro e cardiovasculares, como infarto e derrame.

Nesses casos, quanto maior a circunferência abdominal maior será esse risco. 

Já no caso da obesidade periférica, ou seja, acúmulo de gordura no tecido subcutâneo por todo o corpo, o risco de doenças metabólicas como dislipidemia, diabetes, aterosclerose e eventos cérebro e cardiovasculares é menor, independentemente do peso da pessoa. 


Contudo, o risco de osteoartrite, apneia obstrutiva do sono, pedras na vesícula biliar e doença do refluxo gastroesofágico pode ser semelhante ao da obesidade central”, explica o médico.

O especialista ressalta ainda que o melhor caminho é a perda de peso: “Mesmo reduções modestas no peso já se associam a uma redução nos riscos. 

A redução da gordura visceral é mais rápida, já a gordura no subcutâneo é mais difícil de se perder. Nos dois tipos de obesidade, deve-se evitar a gordura saturada e a chamada gordura trans. 

Esse tipo de gordura se acumula no abdome e está muito associada ao aparecimento da resistência à insulina. O excesso de carboidratos também deve ser cortado dando preferência a bastante fibra na dieta. 

Bebidas e sucos de frutas acrescidos de açúcar e/ou frutose devem ser evitados, dando lugar a frutas e de preferência longe das principais refeições. 

Doces, pães, biscoitos, bolachas, bolos e chocolates comprometem a redução da gordura visceral e o controle do peso e devem ser evitados”, completa.

Revista: Como perder a barriga – Case editorial

Nenhum comentário:

Postar um comentário