quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Os mosquitos me amam

Por Mariana Botta

Você volta de uma temporada na praia ou no campo todo picado e sua irmã, que fez a mesma viagem, tem apenas alguns pontinhos vermelhos pelo corpo. 

Se essa é uma situação frequente, certamente você está no time das pessoas que, digamos assim, são mais “apetitosas” para os insetos. E nada disso é suposição ou piada de família, e sim um fato científico. 

Já está comprovado que os mosquitos são atraídos por algumas substâncias liberadas pelo corpo, como resultado da respiração metabólica (ácido lático, CO2, calor). 

“O ritmo acelerado da circulação sanguínea desencadeia o suor e, juntamente, as emanações de calor e substâncias voláteis que atraem os insetos”, explica Sirlei Antunes Morais, entomologista e autora do blog: O Mosquito Culex. 

Em outras palavras, a maior capacidade de atrair mosquitos depende da quantidade que esses produtos são liberados pelo seu corpo.

Mas há outros fatores que podem contribuir para a atratividade dos insetos: a coloração das vestimentas, sobretudo pretas ou vermelhas, que os atrai pela capacidade visual, a temperatura do corpo – quanto mais quente, mais mosquitos– e algumas bactérias que já existem naturalmente na pele. 

Ou seja, é mais complexo do que aquela história de “sangue doce”.

E não é só isso. Crianças, mulheres grávidas, pessoas com sobrepeso ou com alta atividade física, devido a suas atividades metabólicas, também costumam ser alvo de picadas. 

Também agradam aos mosquitos o calor, que faz as pessoas transpirarem mais, o uso de perfumes adocicados e o consumo excessivo de álcool.

A comprovação, porém, não trouxe ainda um remédio. Não existem medicamentos que as pessoas com maior grau de atratividade possam tomar para diminuir essa tendência. 

Há informações sobre o uso de vitaminas do complexo B, própolis, que diminuiriam a atratividade para os mosquitos, assim como o cravo e o alho, entre outros. 

Uma opção é o uso de produtos repelentes à base de semente de andiroba, uma árvore amazônica, cujo óleo não tem cheiro e ainda possui propriedades hidratantes. A citronela, também tem mostrado potencial repelente em diversas pesquisas.

Fontes: Jonathan Day (Universidade da Flórida), Edison Rogerio Cansi (Universidade
Federal Sul da Bahia), Sirlei Antunes Morais (Faculdade de Saúde Pública da USP).

Texto adaptado
Créditos: Revista Bem Estar – Farmácia Angeloni

Nenhum comentário:

Postar um comentário